Ó Jesus, Mestre ensinador,
após o anúncio desconcertante,
do Evangelho do amor gratuito,
Boa Nova divina para os pobres,
das tuas provocantes parábolas,
de teus ensinamentos proféticos
e de teu testemunho do Reino,
como um dinamismo libertador,
presente e atuante na história,
ainda não conseguimos entender,
ou será que nós não aceitamos,
a grandeza deste plano de amor,
que vai atrás do que está perdido,
pois, a todos Deus deseja salvar?
Será que nos falta conversão,
pois parece que fracassamos,
não conseguimos a todos amar,
fazemos distinção e excluímos,
às vezes nós deletamos alguns,
outros não importa perdermos.
Mas não podemos nos esquecer,
que o nosso Deus é diferente,
Ele é o nosso Abba querido,
Ser de Luz, melhor do que nós,
o seu amor por nós é eterno,
a sua misericórdia é infinita.
Todos, por Ele, são acolhidos,
amados como filhos queridos,
mas chamados, por Ele, a amar.
Liberta-nos, Mestre do Caminho,
e cura-nos deste amar mesquinho,
que tantas vezes é apequenado,
por se pautar no toma-lá-dá-cá.
Pela luz e força da Ruah divina,
teu Sopro de Amor dentro de nós,
ajude-nos a crescer na liberdade
para amar movido por gratuidade.
Edward Guimarães
Belo Horizonte, 10 de dezembro de 2024.
Poema provocado pelo Evangelho (Mt 18, 12-14).
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