Em teus ensinamentos sobre o Reino,
oh estimado Mestre do Caminho,
sou interpelado pelo brilho de tua coerência,
sou provocado por tua práxis libertadora
e atraído por teu humanismo solidário.
E quando mostras, aos teus discípulos,
o imperativo da entrada pela porta estreita,
não vejo pedagogia do medo em tuas palavras,
mas a lucidez diante das exigências de amar
e as consequências para quem comete injustiça.
Não há privilégios em ser teu discípulo e discípula
ao contrário, ampliam-se muito as exigências:
assumir a prática do direito e da justiça do Reino,
ser coerente com a práxis da tua misericórdia
e ficar do lado dos pobres, fracos e indefesos.
O projeto salvífico do teu Abba querido,
sempre aberto para todos, filhos e filhas amados,
exige de cada um a tomada da grande decisão
de entrar definitivamente pela porta estreita:
não praticar nem tolerar calado a injustiça entre nós.
Belo Horizonte, 27 de outubro de 2021.
Poema oração provocado pelo Evangelho (Lucas 13, 22-30).
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