A paz deste mundo,
não possui beleza,
pois já nasce suja,
de sangue inocente,
derramado no chão,
por quem tem poder
com fuzis nas mãos.
Paz forjada no poder,
comprada com dinheiro,
selada com opressão
celebrada por tiranos,
poderosos mesquinhos.
Paz sem ética e ternura,
que depende da submissão
dos pobres e oprimidos,
do silenciamento forçado
de suas vítimas inocentes.
O dom de tua paz,
tem o tom diferente,
é paz que inquieta,
sem nos intimidar,
sem nos ameaçar,
e perturbar corações.
É a paz que brota
das águas límpidas,
da justiça e partilha.
Paz que se fortalece,
no direito dos pobres
e dos marginalizados,
pra ser direito de todos.
É a paz celestial,
que nasce na Terra,
no curar das feridas,
na defesa da vida,
de todos à mesa,
sem acumulação,
sem pratos vazios,
sem ódio ou cobiça,
e sem torturados,
na calada da noite.
É a paz verdadeira
de quem já venceu,
a morte dos pobres,
a tua morte na cruz.
Então, é que se torna,
a paz plena com Deus
e com Nossa Senhora.
Edward Guimarães
Belo Horizonte, 30 de abril de 2024.
Poema oração provocado pelo Evangelho (Jo 14, 27-31).
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