Tu revelaste paciência inesgotável,
oh Profeta do amor gratuito de Deus,
e o imenso oceano da misericórdia divina,
para com os que se reconheciam pecadores,
os que se apresentavam carentes de perdão,
e os que demonstravam seu arrependimento.
No entanto, Tu tinhas conflitos em flanco aberto,
de modo especial com alguns fariseus e levitas,
o que revela o quanto te incomodava perceber
as posturas arrogantes, a hipocrisia religiosa,
seja no desprezo cruel dos pobres e sofredores
seja no julgamento implacável contra os pecadores.
A arrogância, de fato, torna a pessoa desprezível,
oh Profeta do Reino da fratersororidade,
pois ela provoca o cultivo de grandes ilusões:
como a vaidade, a soberba e a autossuficiência.
Com ela, acontece a perda da humildade aprendiz
e da compaixão e misericórdia com nossos irmãos.
Que os teus discípulos e discípulas de hoje,
ao fazer memória de tua práxis libertadora,
Tu que vieste salvar os que estavam perdidos,
oh Mestre do Caminho da Salvação,
concretizem “uma Igreja facilitadora da graça”,
e da experiência da misericórdia do Abba querido.
Edward Guimarães
Belo Horizonte, 26 de março de 2022.
Poema oração inspirado no Evangelho (Lucas 18, 9-14).
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