A tua dor de amor, oh Maria

O teu amor por teu Filho,
a Palavra divina encarnada,
que de modo primeiro foi acolhida
e amada, em ti e por ti, oh Maria,
no aconchego de teu seio virginal,
transpassou a tua alma e coração,
qual espada afiada de dois gumes,
e te fez uma mãe bem-aventurada,
por Aquele que a escolheu primeiro
e amada, pelos discípulos do Reino.

A tua dor de amor, oh Maria,
a fez acompanhar os passos do Filho,
do teu menino, enquanto crescia
e se fortalecia em espírito e graça.
E, em seguida, do teu Profeta do Reino,
de quem tu fizeste a mãe-discípula,
ao longo da caminhada da fé,
de anúncio-testemunho do Evangelho,
de acolhida e de rejeição e morte na cruz.
E, depois, tu tornaste a discípula-mãe
da comunidade de fé e de memória,
dos gestos e ensinamentos de Jesus.

Belo Horizonte, 15 de setembro de 2021.
Nossa Senhora das Dores.
Poema oração provocado pelo Evangelho (Lucas 2, 33-35).

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