No começo de tua missão,
oh Profeta do Reino da liberdade,
lançaste-me inquietante anúncio:
“completou-se o tempo, o Reino está próximo,
convertei-vos e crede no Evangelho.”
E ao longo de tua missão,
ao anunciar e testemunhar o Evangelho,
com teus discípulos e discípulas,
mostraste em palavras e ações,
o teu Reino atuante entre nós.
Hoje, quando eu contemplo,
a nossa sociedade e a tua Igreja,
não é tarefa tão simples, confesso,
discernir e perceber entre nós,
a presença atuante de teu Reino.
Embora tu disseste claro a Pilatos
que o teu Reino não é deste mundo,
por ele permaneceste fiel até o fim
e deste, na cruz, a tua vida.
Movido pela fé e o esperançar,
contigo Ressuscitado ao meu lado,
eu me ponho a imaginar e desejar:
se meus irmãos e irmãs se abrissem
e em sua liberdade o acolhessem
e com o Reino se comprometessem?
Se o teu Reino aqui se concretizasse,
haveria tanta injustiça e desigualdade,
tanto egoísmo, destruição e violência?
Ou reinaria a tua paz, criativa e solícita,
a brotar do que escolhemos semear…
a justiça, a compaixão e a partilha,
a fratersororidade e o cuidado
com a nossa Casa Comum?
Belo Horizonte, 21 de novembro de 2021.
Solenidade de Jesus Cristo, rei do universo,
Poema oração provocado pelo Evangelho (João 18, 33b-37).
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