Tu pedes a teus discípulos, Rabi,
que se envolvam na missão,
como testemunhas da “vida nova”:
quando o poder e a autoridade
não são mecanismos de dominação
não tornam uns maiores que os outros
Deus derruba do trono os poderosos
faz justiça e aos pobres dignidade
faz de todos servidores da mesma causa
defensores apaixonados da igualdade,
testemunhas do Reino da fraternidade,
combatentes de toda opressão,
cuidadores da vida para todos.
Tu pedes a teus discípulos, Rabi,
que se coloquem disponíveis
para ir ao encontro dos outros’
que assumam postura de saída,
com a necessária leveza,
sem a segurança das coisas
do cajado ou da sacola,
do pão ou do dinheiro,
para que a única centralidade
seja a do amor gratuidade
que se faz partilha fraterna
de bens e de amizade.
Tu pedes a teus discípulos, Rabi,
que participem da tua missão,
que revelem ao mundo o primado da graça,
que não temam se aproximar dos outros,
que não se foquem nos que rejeitam
que façam da casa que os acolhe
rico espaço de partilha e fraternidade,
que cuidem das pessoas doentes,
que deem atenção às fragilizadas,
que testemunhem a todos a Boa Nova.
Belo Horizonte, 22 de setembro de 2021.
Poema oração provocado pelo Evangelho (Lucas 9, 1-6).
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