
Depois de tudo aquilo
que os teus discípulos
puderam experimentar,
quando compartilharam
contigo o teu caminho,
o anúncio do Evangelho,
a proximidade amorosa
de nosso Pai celestial,
o dinamismo libertador
do Reino de Deus presente
e atuante em nossa vida,
a luz divina que tu irradiavas,
após a tua morte na cruz,
eles ainda tinham dúvidas,
e medos em seus corações.
Nós, discípulos e discípulas,
que hoje acolhemos teu chamado,
mesmo nutridos pela Palavra viva,
pela memória perigosa de tua vida,
ensinamentos e ações libertadoras,
pela luz e força do Espírito Santo,
e por tua presença ressuscitada,
que é sempre estradeira conosco,
e pelos testemunhos de tantos
profetas, mártires e santos,
e dos nossos irmãos e irmãs,
membros das comunidades de fé,
que compartilham a vida cristã,
nós ainda temos muitas dúvidas,
e medos em nossos corações.
Como outrora, hoje também,
diante de nossa pouca firmeza,
e fé, tantas vezes, inconstante,
tu, ó Jesus, não desiste de nós,
por isso confiante te pedimos:
dá-nos a graça de sentir agora,
o amor libertador do Pai celestial,
que funda a mesa da irmandade;
dá-nos o dom da ternura divina,
tão cálida e graciosa em Maria,
a tua mãe e nossa mãe também;
dá-nos a Luz de teu Sopro de amor,
fonte divina de fé e de coragem,
pra seguirmos firmes no caminho;
dá-nos o dom de tua paz inquieta,
que nos faz solícitos e criativos,
no cultivo do amar, cuidar e servir.
Edward Guimarães
Belo Horizonte, 24 de abril de 2025.
Poema provocado pelo Evangelho (Lc 24, 35-48)
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