
“Esta mulher foi surpreendida
em flagrante adultério, Mestre.
Moisés, na Lei, mandou apedrejar
a tais mulheres. Que tu nos dizes?”
A tua sabedoria do alto,
e a misericórdia curativa,
revelam a beleza do amor divino,
a muitos surpreendem,
e a todos desconcertam:
por quê, ó Mestre da luz?
“Quem dentre vós
não tiver pecado,
seja o primeiro
a atirar-lhe uma pedra”.
Tua resposta aos legalistas,
desnuda as hipocrisias,
explicita as incoerências,
expõe o perigo de julgamentos,
sem o necessário cultivo
da justiça que vem da empatia.
“Mulher, ninguém te condenou?”
“Ninguém, Senhor”.
“Eu também não te condeno.
Podes ir, e não peques mais”.
Dá-nos, Senhor Jesus,
o dom de tua sabedoria do alto,
e desta misericórdia curativa,
que retira de nós este falso prazer
de carregar pedras na mão,
para que possamos irradiar,
em nossas atitudes e posturas,
a beleza do amor divino.
Edward Guimarães
Belo Horizonte, 06 de abril de 2025.
Poema oração provocado pelo Evangelho (Jo 8, 1-11).
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