Nasceste de forma inserida,
no meio dos pobres sem lugar,
não havia lugar na hospedaria,
e vieste ao mundo entre animais.
Mas tua mãe, a Virgem Maria,
com todo seu amor o embalaste,
e em seu seio o amamentaste,
na manjedoura foste colocado,
um coxo onde comem os animais.
E pobres pastores do campo,
foram os primeiros a receber,
por meio de um anjo do Senhor,
a boa notícia de tua chegada.
Não tenhais medo, disse-lhes o anjo,
eu vos anuncio uma grande alegria:
nasceu para vós um Salvador,
nasceu pobrezinho como vós,
mas é ungido, o Enviado do Senhor.
Louvado sejas nosso Abba querido,
e paz aos homens por ele amados,
e quem tem olhos de fé, que contemple,
por onde passa o plano divino de amor.
A glória de Deus não vem do poder,
nem do que a riqueza pode comprar,
o Filho amado que nos foi enviado,
revela-nos: Deus é o Verbo Amar!
Eis a grande mensagem do Natal!
Na celebração de teu discreto Natal,
que a todos teus irmãos e irmãs,
filhos e filhas de teu Abba querido,
que fique bem claro o projeto salvífico:
na árdua via do desapego, moldar-se,
condição para o aprender a doar-se,
pra conjugar, já nesta vida, o Verbo Amar,
pois somente quem ama, a Deus conhece,
eis o caminho que leva à plenitude futura.
Edward Guimarães
Belo Horizonte, 24 de dezembro de 2024.
Poema provocado pelo Evangelho (Lc 2, 1-14).
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