Dá-nos o dom de tua liberdade interior

Muitas lideranças sociopolíticas,
e também autoridades religiosas,
não reconheceram a tua profecia,
nem aceitaram a tua autoridade,
ó Filho amado que nos foi enviado,
para anunciar e a nós testemunhar,
a Boa Nova do Pai para os pobres,
teus ensinamentos, tuas posturas,
questionaram pra valer e de frente,
a legitimidade de privilégios sociais,
desmascaram, com vigor e coragem,
os meandros da hipocrisia religiosa,
tão presente nas relações de poder,
alicerçadas na estrutura do Templo.

Tu percebeste uma realidade sombria,
escondida no questionamento recebido,
feito por sumos sacerdotes e anciãos,
em relação à tua autoridade profética.
Não estavam interessados e abertos,
em conhecer o sentido de tua missão,
ou a questionar suas práticas vividas:
queriam é uma forma de condená-lo.
Tu, então, fizeste a eles a pergunta,
sobre a origem do batismo de João,
e eles fugiram da questão colocada,
e, para não serem desmascarados,
em sua diabólica hipocrisia religiosa,
com esperteza, disseram não saber.

Dá-nos o dom de tua liberdade interior,
ó Mestre dos caminhos que nos libertam,
para sermos filhos e filhas da Luz divina,
e testemunhas do Evangelho do Reino,
que nos coloca na ciranda da irmandade,
para cultivarmos juntos o amar e servir.

Edward Guimarães
Belo Horizonte, 16 de dezembro de 2024.
Poema provocado pelo Evangelho (Mt 21, 23-27).

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