Quanta resistência temos em nós,
ó Jesus, Mestre fiel do caminho,
barreiras e dificuldades interiores,
justificativas repletas de hipocrisia,
recorrentes mecanismos de defesa,
tudo utilizado para nublar a lucidez,
o discernimento claro de teu chamado,
e as interpelações que brotam da fé.
A fé não é vivência fácil ou tranquila,
espécie de redoma, zona de conforto,
também não é sentimento intimista
ou experiência puramente subjetiva,
sem implicações ou duras exigências,
sem o assumir a pesada cruz da partilha,
sem o deixar mentalidades que negam
ou contradizem os valores do Evangelho,
sem a firmeza no trilhar da vida nova,
sem a nossa conversão cotidiana a Deus,
e aos caminhos árduos do amar e servir.
Que nossas posturas sejam testemunho,
da alegria do Evangelho exigente do Pai,
da força da experiência do amor divino,
da luz de sermos filhos e filhas de Deus,
libertados de todo apego e do egoísmo,
chamados a trilhar o caminho do amar,
e a não deixar cair a profecia do Reino.
Edward Guimarães
Belo Horizonte, 13 de dezembro de 2024.
Poema provocado pelo Evangelho (Mt 11, 16-19).
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