Ó Jesus, nosso mestre curador
nós, teus discípulos e discípulas,
que hoje somos tão desafiados
a viver com fidelidade a vida cristã,
nesta sociedade de contradições,
tão egoísta, injusta e indiferente
às tantas situações de exclusão,
racismo, violência e opressão,
e pouca atitude de compaixão,
e a necessária presteza solícita,
movida por indignação ética,
e a utopia da mesa da irmandade,
com a partilha da vida e dos bens,
te pedimos com a fé de alcançar:
cure nossa humanidade adoecida,
para que deixemos de duvidar,
de tua presença atuante entre nós,
do dinamismo libertador do Reino,
e de que “pão e peixe” é pra todos.
Que a luz de tua vida entre nós,
fiel ao projeto amoroso do Pai,
cure nossas doenças e chagas,
do egoísmo que nos paralisa,
do preconceito que nos divide,
da arrogância que nos aleija,
da indiferença que nos cega,
da hipocrisia que nos deforma.
Com os caminhos iluminados,
que alcancemos consciência,
de que só haverá “pão e peixe”,
e com abundância para todos,
se nos assentarmos no chão,
sem privilégios e acumulação,
cultivando compaixão e partilha,
nos importando com o próximo,
sem ignorarmos os famintos,
pobres, doentes e vulneráveis,
e, pela força do amor, cuidarmos
para que todos tenham vida digna.
Edward Guimarães
Belo Horizonte, 04 de dezembro de 2024.
Poema provocado pelo Evangelho (Mt 19, 29-37).
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