Por esta via íngreme da generosidade

Ah se nós pudéssemos compreender,
com alegria e regozijo, sentir, percorrer,
por esta via íngreme da generosidade,
que nos leva direto a Deus, nosso Pai,
que se alegra com todo amor praticado.

A tua fidelidade até o extremo da cruz,
nos ensina: não há amor maior que doar,
que dizer não a todo desejo de vingança,
e diante das ofensas, em vez de odiar,
percorrer a via da generosidade: perdoar.

Não é nada fácil agir sem reciprocidade:
sem recebermos, nos doar aos outros,
sem sermos perdoados, perdoar ofensas,
sem sermos compreendidos, compreender,
sem sermos amados, amar nossos irmãos.

Dá-nos, Jesus, por tua luz e poder do alto,
a coragem de assumir tua práxis de amor,
a alegria e regozijo de Francisco de Assis,
ao partilhar o pão com os irmãos famintos,
e ao acolher e abraçar os irmãos leprosos.

Edward Guimarães
Belo Horizonte, 04 de novembro de 2024.
Poema oração provocado pelo Evangelho (Lc 14, 12-14).