De uma forma bem inusitada,
com a tua prática libertadora,
os que detêm o poder político,
socioeconômico e religioso,
se sentem por ti interpelados,
incomodados e ameaçados,
alguém que precisa ser detido,
grande perigo a ser eliminado.
Até hoje a tua memória viva,
continua a ser algo perigoso.
Mas os pobres e os excluídos
recebem de ti uma Boa Nova,
que eles são amados de Deus;
e os doentes e os sofredores,
quando, por ti, são tocados,
experimentam o dom da cura:
os cegos recuperam a vista;
os surdos começam a ouvir;
os mudos restauram a fala;
os paralíticos voltam a andar.
Com ensinamentos e gestos,
que nos recordam os profetas,
a tua vida coloca a questão,
sobre a tua identidade última:
Quem é esse homem Jesus?
Não é o filho de Maria e José,
o carpinteiro pobre de Nazaré?
De onde vem esta sabedoria?
Por que Deus, Todo Poderoso,
atua entre nós por meio dele?
Dá-nos o dom da fé e da firmeza,
para trilharmos as tuas veredas,
Tu és Caminho seguro até Deus,
ó Jesus, profeta fiel da periferia,
Verdade a revelar quem somos,
e Vida doada para nos salvar,
sim, para nos dar a Vida Nova,
centrada no amar, cuidar e servir,
Vida comprometida com o reinado,
da justiça e da mesa da irmandade.
Edward Guimarães
Belo Horizonte, 26 de setembro de 2024.
Poema oração provocado pelo Evangelho (Lc 9, 7-9).
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