O que, realmente, faz avançar

Quando nós nos perguntamos:
o que, realmente, faz avançar,
seja o interesse seja a acolhida,
do Evangelho que anunciaste,
do amor do Abba por todos nós,
e do projeto salvífico universal,
o que nos conduz à conversão
e à necessária transformação?
O que sobressai em destaque,
é a tua pessoa tão iluminada,
é esta tua fidelidade até o fim,
este teu testemunho coerente,
na missão que tu assumiste:
abaixar até nós pra nos revelar,
com ensinamentos e com ações,
o dinamismo libertador do Reino
como realidade viva e presente
que atua dentro de nossas vidas,
como chamado e interpelação,
sem arrancar a nossa liberdade.

Como Filipe e Natanael outrora,
também nós nos dias de hoje,
quando nos aproximamos de ti,
com nossos corações abertos,
para vivenciar o Encontro de fé,
o reconhecemos Filho de Deus,
enviado por nosso Abba querido.
Tu nos abriste com a própria vida,
uma via de salvação a ser trilhada,
pelo cultivo diário da Vida Nova,
centrada no amar, cuidar e servir.
A tua humanidade e a divindade,
faz ponte entre a Terra e o Céu,
entre a história e a eternidade,
e une, pelo amor, os filhos e o Pai.
Em ti nós encontramos respostas:
a fonte que nos sacia por dentro,
a luz que nos ilumina as sombras,
a força que nos possibilita vencer,
o medo de assumirmos pra valer,
a nossa grande vocação e missão:
sermos teus discípulos e discípulas,
na política, na economia e na religião,
sermos profetas e anjos guardiões,
desde agora, mas também no além,
participarmos do projeto salvífico,
pelo cuidar do dinamismo da vida,
atentos e solícitos com os irmãos,
com os cegos, surdos e paralíticos,
com os vulneráveis e os sofredores,
pois o que dá prazer ao nosso Pai,
é o jardim da criação bem cuidado
e a justiça da mesa da irmandade.

Dá-nos, ó Jesus, teus dons preciosos,
o da tua lucidez e o da tua fidelidade,
pra sermos teus discípulos e discípulas,
profetas fiéis ao Reino do amor e da justiça,
e anjos guardiões da mesa da irmandade,
e da beleza do grande jardim da criação.

Edward Guimarães
Belo Horizonte, 24 de agosto de 2024.
Poema oração provocado pelo Evangelho (Jo 1, 45-51).

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