Com alegria, recebermos o teu vinho

Nós devemos jejuar ou não?,
eles te perguntaram, ó Jesus,
a pergunta de fundo era outra:
o que, de fato, agrada a Deus?
 
O Deus que, em ti, se revela,
não é um Deus de carências,
que depende de nossos atos,
e fidelidade, para ser o que é.
 
Deus é Deus e isso lhe basta,
mas por ser Relação de Amor,
Pai-Mãe, Filho, Espírito Santo,
Deus é amar, o Verbo da vida.
 
E por Ele ser assim nos criou
e nos deu o dom a liberdade,
e nos comunicou o seu amor:
podemos nos lapidar todo dia.
 
O jejum, portanto, é para nós,
encontra sentido e razão de ser,
na medida em que nos liberta,
para a prática do amar e servir.
 
Dá-nos o dom de tua liberdade
e desta tua sabedoria e lucidez,
pra purificarmos a nossa mente,
e eliminarmos toda hipocrisia,
e, ao nos tornarmos odres novos,
com alegria, recebermos o teu vinho.

Edward Guimarães
Belo Horizonte, 06 de julho de 2024.
Poema oração provocado pelo Evangelho (Mt 9, 14-17).

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