Por que tantos se fecharam
e continuam a se fechar?
Por que tantos te odiaram
e continuam a te odiar?
Por que te crucificaram
e continuam a te crucificar?
Por que mataram tantos profetas,
e continuam a matá-los?
As mesmas perguntas me ocorrem
sempre que penso em Ti,
ó Jesus, Mestre do Caminho,
sobre teus ensinamentos que acolhi,
sobre o sentido de teus gestos proféticos,
sobre a tua vida a nos revelar:
a presença amorosa do Abba,
o rosto misericordioso do Pai,
as exigências de teu Caminho,
do projeto salvífico universal:
amarmos pra valer,
desde os mais pobres,
de quem nos aproximamos,
dos que se encontram necessitados;
de cuidar das crianças e idosos,
dos doentes e feridos,
de socorrer os caídos;
de servir à mesa da irmandade,
no cuidar diário da justiça,
inclusiva, solidária e restaurativa,
das relações entre irmãos e irmãs,
filhos e filhas amados do mesmo Pai.
Por que tantos se fecharam
e continuam a se fechar?
Por que tantos te odiaram
e continuam a te odiar?
Por que te crucificaram
e continuam a te crucificar
nos pobres e nos oprimidos?
Por que mataram tantos profetas,
e continuam a matá-los?
Será que não conheceram o Pai,
e continuam sem O conhecer?
Será que ainda não se libertaram
na experiência de seu Amor por nós,
amor que compromete por nos irmanar?
Edward Guimarães
Belo Horizonte, 04 de maio de 2024.
Poema oração provocado pelo Evangelho (Jo 15, 18-21).
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