Como mariposas apaixonadas,
atraídas pela beleza da chama,
muitos te buscavam sedentos.
Quando Tu curavas os doentes,
e acolhias os pobres e sofredores,
Tu irradiavas a beleza do Céu:
a Força criativa da Ruah divina,
a Luz da presença amorosa do Pai.
Com urgência e imediatez,
Tu te preocupavas primeiro,
com quem tinha fome de pão,
Tu os organizavas em grupos,
só, então, a todos mostravas
a beleza da comunhão divina,
e o milagre, ao acreditarmos,
da força da partilha do pão.
Para quem já estava saciado,
na graça do pão de cada dia,
Tu despertavas outras fomes,
a de justiça e de irmandade,
e, a todos que se percebiam,
famintos de plenitude maior,
Tu te revelavas, inteiramente,
o Pão Vivo que desceu do Céu.
Com esta pedagogia singular,
nos libertas para a Vida Nova,
pois o projeto salvífico de Deus,
é Caminho de Luz a ser trilhado:
acolher a graça do amor divino,
assumir a mesa da irmandade,
e comprometer-se, todos os dias,
no cultivo do amar, cuidar e servir.
Edward Guimarães
Belo Horizonte, 12 de abril de 2024.
Poema oração provocado pelo Evangelho (Jo 6, 1-15).
Seja o primeiro a comentar