Quando é que nós vamos apreender,
oh Mestre dos caminhos que libertam,
a verdade da fé libertada no Abba querido,
não pode ser alcançada de qualquer jeito:
no final de apurado raciocínio lógico dedutivo,
no desbaratar dos céticos argumentos alheios,
no humilhar público de quem pensa distinto,
ou na vitória belicosa em disputas raivosas?
Quando certos fariseus vieram ter contigo,
não estavam com os corações purificados,
com as mentes abertas para acolher a luz,
a presença amorosa de nosso Abba querido,
queriam apenas defender seus pontos de vista
e desejavam tão somente colocá-lo à prova,
seus objetivos estavam claros, desmascará-lo.
Dai-nos, Jesus, a tua sabedoria do Reino,
que se revela na simplicidade da vida doada,
a todos os que purificam os seus corações,
que abrem as suas mentes para a Luz divina,
que cultivam a beleza da humildade aprendiz,
e que ousam atravessar para a outra margem:
por isso apostam na riqueza da amizade social,
na alegria de todos e todas à mesa da irmandade,
pois se movem pelo desejo de amar, cuidar e servir.
Edward Guimarães
Belo Horizonte, 12 de fevereiro de 2024.
Poema oração provocado pelo Evangelho (Mc 8, 11-13).
Imagem: Um dos muitos registros de Jesus à mesa com seus amigos e amigas. Por cultivar a alegria sincera e a amizade social era afamado como comilão e beberrão.
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