somos movidos por sede que parece insaciável,
oh Mestre dos caminhos que, de fato, nos libertam,
será um defeito que temos esta procura infinda,
ou uma espécie de chaga para a qual não há cura?
Haverá uma fonte que jorra a água que pode nos saciar?
Os habitantes de Cafarnaum a encontraram,
sim, eles encontraram em ti, Mestre de Nazaré,
uma fonte inesgotável que a jorrar uma água viva:
uma água que pode perdoar os nossos pecados,
curar as nossas feridas e paralisias mais graves,
e nos devolver a capacidade de amar, cuidar, servir.
Alguns mestres da lei tiveram outra experiência,
estavam imersos na ilusão de já estarem saciados,
pelo poder de dominar e de controlar, pela religião,
a luz celestial que irradia da grande mesa da irmandade,
a força contagiante e transformadora que brota do interior,
de um irmão ou irmã libertada a cultivar o amar, cuidar, servir.
Que ao contemplarmos sedentos, nos dias de hoje,
a práxis libertadora de teus discípulos e discípulas fiéis,
como a do profeta da dignidade dos pobres Julio Lancellotti,
assim como outrora se ouviu do meio do povo de Cafarnaum,
novamente possamos ouvir: “Nós nunca vimos uma coisa assim”.
Dai-nos sempre desta água viva que nos liberta, oh Senhor Jesus!
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