Tu ensinas a teus discípulos e discípulas,
oh Mestre da vontade de Deus para nós,
a beleza da busca cotidiana da fé adulta,
da entrega confiante do coração a Deus,
da acolhida da soberania da graça divina,
do permitir que Deus seja Deus em nossa vida,
pois, desperta o nosso desejo de vida nova,
que nos exige uma dedicação esmerada,
para superarmos o pecado e suas influências,
que impedem a nossa entrega ao amar:
o egoísmo, a arrogância e a indiferença.
Tu não ficaste nem um pouco admirado
oh Mestre dos caminhos que nos libertam,
com a imponência do Templo de Jerusalém,
com o grande poder político dos tiranos,
mas exultaste de intensa e pura alegria,
com a luz que irradia das pessoas simples,
que cultivam a fé adulta em seu dia a dia,
que se colocam a serviço dos necessitados,
que procuram viver conscientes e confiantes,
na presença amorosa atuante do Abba querido,
no Deus que está sempre bem perto de nós,
o Deus Emanuel, presente, estradeiro conosco.
Que a nossa fé de discípulos se torne adulta,
Senhor Jesus, Mestre nos caminhos do amar,
nosso companheiro pelas estradas da vida,
no cultivo cotidiano do amar e servir solidário,
que alcancemos a fé solícita do oficial romano,
que o procurou tão confiante em Cafarnaum:
uma pessoa profundamente descentrada de si,
e que, por ousar se fazer bem próximo de ti,
foi capaz de cuidar do que estava a sofrer,
de fazer do seu empregado mais que amigo,
de hospedá-lo, em seu ser e em sua morada,
de preocupar-se, verdadeiramente, com ele,
com a sua vida, o seu bem estar e dignidade.
Que as nossas redes de comunidades de fé,
conscientes de ser uma Igreja de discípulos,
se tornem comunidades de irmãos e irmãs,
comunidades que partilham a fé e a alegria,
centradas no cultivo cotidiano do amar-cuidar,
no servir fratersororal aos pobres e sofredores.
Edward Guimarães
Belo Horizonte, 10 de fevereiro de 2023.
Obs.: Poema oração provocado pelo Evangelho (Mateus 8, 5-13).
Foto: Registro de um encontro de círculo bíblico.
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