Como é triste, oh Senhor, a cegueira insana
de quem não percebe que ficou cego
pelo ter, pelo poder ou pelo prazer,
pois, fica a teimar que a escuridão é luz
e quando entre nós o bem vence o mal
o cego pensa que a ação vem do demônio
quando, na verdade, é Deus que age e liberta.
Como é grave, oh Jesus, um coração endurecido
com ânsia insaciável de controlar seus irmãos
a pessoa torna-se incapaz de sentir a alegria
mesmo diante da libertação das forças do mal
e por não reconhecer o toque do dedo de Deus
fica convencida de que a ação vem do diabo
quando, na verdade, é teu Reino que está entre nós.
Com tanta gente cega e de coração petrificado,
a sociedade fica dividida em opressores e oprimidos,
a economia passa a ser movida por lucro fácil demoníaco,
as forças políticas são corrompidas de forma recorrente,
a casa comum que nos deste vai sendo tão destruída,
e a tua Igreja, Senhor, vai perdendo a força profética.
Renovo, neste dia, a minha decisão, com firmeza,
de ser teu discípulo, de contigo andar na contramão,
que a força do dedo de Deus continue a me tocar,
e que a luz da Ruah divina continue a me guiar:
Ensinas-me, mestre Jesus, a expulsar os demônios
que cegam e endurecem o coração das pessoas.
Belo Horizonte, 08 de outubro de 2021.
Poema oração provocado pelo Evangelho (Lucas 11, 15-26).
Seja o primeiro a comentar