Para ser teu discípulo e discípula,
oh Mestre dos caminhos do Reino,
importa aprendermos a cultivar,
a tua mística do grão de trigo:
sentir a proximidade do Abba,
experimentar-se amado por Ele,
ouvir o clamor dos mais pobres,
ecoar o grito dos excluídos e excluídas,
não temer enfrentar nossos medos,
medo das consequências das lutas,
medo de nos roubar a esperança,
medo de nos tornamos vulneráveis,
medo do peso da cruz que virá,
medo da morte sem páscoa.
Sermos livres porque nosso Deus
é força teimosa de Ressurreição!
Para ser teu discípulo e discípula,
oh Profeta da justiça do Reino,
importa aprendermos a cultivar,
a tua mística do amar e servir:
escutar o teu chamado a missão,
assumir a tua postura de servo,
alimentar-se da intimidade do Abba,
entusiasmar-se com o projeto salvífico,
alegrar-se com a mesa da irmandade,
com a diversidade e a igual dignidade,
acolher a luz e a força da Ruah divina,
ecoar o teu profetismo do Reino,
saber que amar é doar a própria vida,
aos pobres, invisibilizados e sofredores.
Ser livres porque nosso Deus
é amor, misericórdia e compaixão.
Edward Guimarães
Belo Horizonte, 10 de agosto de 2022
Poema provocado pelo Evangelho (João 12, 24-26)
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