As tuas parábolas despertam a nossa autonomia,
oh Profeta do amor libertador do Abba querido,
elas revelam a liberdade como preciso dom divino,
elas potencializam as forças de nossos corações,
elas são portadoras de uma sabedoria bem prática,
que é muito útil em nossa busca diária do bem viver,
pois, iluminam as nossas experiências de encruzilhada,
e nos dão a coragem de tomar as necessárias decisões.
A tua parábola do semeador revela o imenso amor do Abba,
oh Mestre do testemunho do reinado de Deus já presente,
ele não se cansa de nos enviar os seus profetas semeadores,
ele nos envia o seu Filho amado, portador da boa semente,
pois, crê no rico potencial da boa semente em nós frutificar.
Por isso somos chamados a cuidar do terreno do coração,
para nele acolher e fazer germinar a boa semente do Reino,
e produzir saborosos frutos na vida compartilhada em comunidade.
Que teus discípulos e discípulas sejam, de fato, como a terra boa,
que assumam toda responsabilidade diante do que de ti receberam:
com o teu mesmo entusiasmo, dar continuidade ao anúncio do Reino,
pelo testemunho de tua práxis libertadora junto dos pobres e sofredores
pelo semear a boa semente do Evangelho da justiça e da irmandade,
pelo ser uma Igreja sinodal, na comunhão, na participação e na missão,
e, decididamente, em saída missionária para as todas as periferias.
Edward Guimarães
Belo Horizonte,20 de julho de 2022.
Poema oração provocado pelo Evangelho (Mateus 13, 1-9).
Foto: Registro de uma comunidade de fé desafiada a manter a ciranda das lutas e das partilhas da fé e da vida em plena pandemia do Covid-19 e diante da cultura do individualismo e da indiferença social, mesmo ciente da profunda desigualdade e exclusão de tantos irmãos e irmãs da mesa da cidadania e da dignidade reconhecida.
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