De onde vem esta postura tão diabólica,
oh Profeta da misericórdia do Abba querido,
de julgar os pecadores públicos como impuros,
de privá-los do convívio fraterno na comunidade,
e de os considerar excluídos da luz do amor divino?
No teu tempo entre nós, muitos desconheciam,
a beleza do rosto misericordioso de nosso Deus,
oh Revelador do Abba e de seu projeto salvífico,
hoje, como outrora – digo isso com profunda tristeza -,
muitos, inclusive em tua Igreja, continuam a ignorá-la.
Que a tua práxis misericordiosa libertadora, Jesus,
seja fonte de discernimento e critério para o nosso agir,
na missão evangelizadora de tua Igreja peregrina
e faça com que ela se torne uma Igreja samaritana,
comprometida com o cuidar solícito dos sofredores,
e com a libertação de todos os oprimidos e oprimidas.
Edward Guimarães
Belo Horizonte, 30 de junho de 2022.
Poema oração provocado pelo Evangelho (Mateus 9, 9-13).
Foto: Registro da presença da Igreja de Jesus Cristo, de mãos dadas com os movimentos populares, presente na luta por terra, teto e trabalho, pela justiça social e dignidade dos pobres e excluídos. Foto de Janine Moraes.
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