Não foi nada fácil para teus discípulos e discípulas,
oh Profeta do Reino da justiça e da fratersororidade,
cultivar os dons da fidelidade e da fé na caminhada,
contemplar os pobres com os olhos do Abba querido,
acolher a presença do dinamismo libertador do Reino,
reconhecer-te ressuscitado, vivo e estradeiro com eles,
deixar-se conduzir pela criativa força da Ruah divina,
viver o teu seguimento em comunidades de fé e partilha,
e deixar-se transformar pela Vida Nova: amar e servir.
Continua a ser difícil para teus discípulos e discípulas hoje,
oh Profeta traído, preso, torturado e assassinado na cruz,
concretizar um caminho de fidelidade contra as forças malignas,
dar as mãos aos pobres na luta pela dignidade de filhos de Deus,
testemunhar na sociedade tão desigual o dinamismo do Reino,
encontrar-te ressuscitado e atuante nas estruturas de tua Igreja,
confiar na luz e no poder criativo transformador da Ruah divina,
ser teu discípulo nesse contexto de cristianismo sem conversão,
viver a vida cristã como fermento de outra sociedade possível!
Que teus discípulos e discípulas cultivem uma fé caminhante,
que se convertam ao Reino da justiça e da fratersororidade,
que superem a dureza de coração e o medo da perseguição,
que escutem o chamado a concretizar a tua Igreja em saída,
ao encontro dos pobres, oprimidos, sofredores e excluídos,
para anunciar e testemunhar ao mundo a Boa Nova de Deus.
Edward Guimarães
Belo Horizonte, 23 de abril de 2022.
Poema oração provocado pelo Evangelho (Marcos 16, 9-15).
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