Quando Tu te aproximas de uma pessoa,
oh Mestre do chamado à Vida Nova,
é maravilhoso o que nela Tu despertas:
um sentimento de acolhida e confiança,
uma experiência que a torna segura de si,
para ser ela mesma e abrir o seu coração.
Quando uma pessoa de Ti se aproxima,
oh Mestre dos caminhos interiores,
como nós, Tu também não tens poder
sobre sentimentos, juízos ou decisões,
mas Tu revelas confiante a presença do Abba
e do dinamismo libertador atuante do Reino.
A vida e a postura de Judas Iscariotes,
como também a de Maria, irmã de Lázaro,
revelam a seriedade de nossa liberdade,
no projeto salvífico universal de Deus,
e a importância de nossa responsabilidade,
ante as interpelações de tua vida entre nós.
Com a tua presença, Tu não despertas medo,
Tu iluminas a vida com a beleza do Evangelho,
provocas confronto da pessoa consigo mesma,
Tu suscitas uma autoavaliação diante do Reino,
e, sem qualquer postura de imposição moralista,
interpelas à conversão, a Deus e aos irmãos pobres.
Que teus discípulos e discípulas aprendam contigo,
a esperar o momento de abertura das portas do coração,
que vençam a tentação do uso dos moralismos inférteis,
que testemunhem e anunciem a beleza da Vida Nova,
e creiam na pedagogia da Luz, que, ao encontrar uma fresta,
é capaz de descortinar horizontes novos sem arrombar portas.
Edward Guimarães
Belo Horizonte, 11 de abril de 2022.
Poema oração provocado pelo Evangelho (João 12, 1-11).
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