Aonde os fariseus e doutores da lei,
de uma forma implacável e inflexível,
enxergavam só impuros e pecadores,
e os condenavam e deles se afastavam,
oh Profeta da misericórdia divina,
Tu contemplavas homens e mulheres,
filhos e filhas de Deus, carentes de afeto e cuidado,
e, movido por compaixão, deles Tu te aproximavas
e os acolhia e restaurava a confiança e a esperança.
A tua experiência de amor com o Abba querido,
trouxe clareza e conteúdo para a tua missão,
oh Profeta do Reino de Deus,
e com a luz e da força da Divina Ruah,
onde encontravas doentes sedentos de cura,
Tu te oferecias como uma fonte de Vida Nova,
onde o sofrimento escravizava tantas pessoas,
Tu te apresentavas um Caminho de libertação.
Que os teus discípulos e discípulas aprendam,
oh Profeta da Boa Notícia para os pobres,
a fugir do fermento dos fariseus e doutores da lei,
e a contemplar e a agir com a misericórdia divina.
Que a tua Igreja tenha a mesma coragem profética,
para manter-se Igreja de portas sempre abertas,
para acolher, cuidar e restaurar a dignidade das pessoas,
que ela se torne a Casa da misericórdia e da conversão,
ao Reino que Tu te entregaste e foste fiel até o fim:
Reino de justiça, de misericórdia e de fratersororidade.
Edward Guimarães
Belo Horizonte, 05 de março de 2022.
Poema oração provocado pelo Evangelho (Lucas 5, 27-32).
Imagem: Quadro de Joey Velasco da Ceia de Jesus com os pobres, excluídos e excluídas.
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