Aquela mentalidade fechada,
revelada na postura de João,
discípulo da primeira hora,
oh Mestre do Caminho,
confesso com profunda tristeza,
continua bem atuante e presente
na mente de muitos cristãos,
que formam a tua Igreja hoje.
Com posturas inflexíveis e duras
e atitudes de intolerância e ódio,
procuram impedir a aproximação,
o cultivo do respeito fratersororal,
e o diálogo ecumênico e inter-religioso.
Mostram-se mais fieis ao equivoco
cometido por teu discípulo João,
que a alegria que irradia do Evangelho,
nascida da experiência da graça divina,
do amor gratuito do teu Abba querido,
que nos irmana uns com os outros,
que nos interpela acolher o Reino da justiça
da misericórdia e da fratersororidade.
Será que desconhecem a beleza contagiante
e a luz do amor do nosso Abba querido?
Será que ignoram a tua revelação
do projeto salvífico universal de Deus?
Será que deixaram apagar a chama
do Evangelho de Deus para os pobres?
Será que não contemplaram como discípulo
o chamado de tua ação profética libertadora?
Que a tua Igreja em saída para as periferias,
iluminada e fortalecida pela Divina Ruah,
consiga superar a tentação de ser autocentrada,
ou de querer anunciar a si mesma para o mundo.
Que ela seja assumidamente uma Igreja samaritana
e mantenha as suas portas e janelas sempre abertas
para acolher, ouvir, dialogar, aprender, ajudar e
compartilhar, com todos, a alegria do Evangelho
e a Vida Nova que de ti aprendemos no Caminho.
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