Alguns fariseus de ti se aproximavam fechados,
sem abertura aos apelos de conversão ao Reino,
com visível autossuficiência, eles se apresentavam,
sem ter nada a aprender, mas somente a ensinar,
a plenitude da verdade, eles julgavam a possuir.
Ao discutir, queriam apenas te colocar à prova,
e, para crerem em ti, do céu, exigiam um sinal,
mas, com lucidez profética, tu negaste este pedido,
pois, julgaste ser preciso rumar para outra margem,
não há diálogo sem abertura e postura aprendiz!
Importa fazer a páscoa para chegar à outra margem:
da atitude autossuficiente à humildade aprendiz,
do jeito arrogante à consciência dos próprios limites,
da postura de julgamento prévio ao cultivo da escuta atenta,
da ilusão da posse à busca itinerante conjunta da verdade.
Confiantes na presença da luz e da força da Ruah Divina,
que os teus discípulos e discípulas fiquemos atentos,
que aprendamos os desafios da cultura do encontro,
que tomemos todo cuidado com o fermento dos fariseus,
e contigo na barca naveguemos confiantes para a outra margem.
Edward Guimarães
Belo Horizonte, 14 de fevereiro de 2022.
Poema oração provocado pelo Evangelho (Marcos 8, 11-13).
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