Cheio de indignação, eu te pergunto…

Cheio de indignação, eu te pergunto:
por que os chefes dos sacerdotes,
servidores aguerridos do Templo,
oh Profeta do amor de Deus em ato,
se tornaram insensíveis, fechados e cegos
e não contemplaram a tua beleza divina,
e não te acolheram como o Cristo de Deus,
como os teus discípulos e discípulas,
como os pobres e sofredores da Galileia?

Cheio de indignação, eu te pergunto:
por que muitos doutores da lei,
estudiosos assíduos da Palavra,
oh Profeta da proximidade do Reino,
se tornaram insensíveis, fechados e cegos
e não discerniram a tua autenticidade,
e não reconheceram a tua sabedoria,
como os teus discípulos e discípulas,
como os pobres e doentes da periferia?

Cheio de indignação, eu te pergunto:
por que tantos fariseus tão zelosos,
guardiões primorosos das tradições,
oh Profeta da Boa Nova de Deus,
se tornaram insensíveis, fechados e cegos
e não te perceberam como um novo Moisés,
e não acolheram o teu profetismo fiel,
como os teus discípulos e discípulas,
como os pecadores impuros e excluídos?

Edward Guimarães
Belo Horizonte, 10 de fevereiro de 2020.
Poema oração provocado pelo Evangelho (Lucas 23, 1-25).

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