O barquinho da vida da gente,
como o barco de tua Igreja,
é sempre frágil e vulnerável,
e quando vem as tempestades,
vem junto insegurança e medo.
Mas como teu discípulo hoje,
oh Mestre do Caminho,
não tenho receio de confessar
que a grande fonte de minha fé,
o que me dá ânimo e coragem,
e, nas travessias das tormentas,
manter em prontidão o esperançar
na bonança, que tarda, mas sempre vem,
não brota do conhecimento que me faz ciente,
de que todo barco foi feito para singrar,
e, portanto, para enfrentar os desafios do mar.
Não, a minha serenidade nas tormentas,
a minha paz interior sempre inquieta,
oh Senhor das tempestades,
nasce do teu Evangelho e da partilha de fé
dos teus primeiros discípulos e discípulas,
pois, quando estavam “no olho do furacão”,
e ao se sentirem abandonados por Deus,
e que tu não te importavas com a situação,
eles experimentaram, com grande espanto,
a força de emerge de tua presença conosco:
tu és, nas tormentas, um grande “Porto Seguro”!
Que tanto os nossos frágeis barquinhos
quanto o barco de tua Igreja no mundo,
experimentem a força que brota da fé,
que o que nos sustenta nas travessias,
nas noites escuras e de tormenta na vida,
nos vem da memória de tua Palavra viva:
– Onde está a vossa fé? Não temas!
Eu estarei sempre convosco, até o fim!
Edward Guimarães
Belo Horizonte, 20 de janeiro de 2022
Poema oração provocado pelo Evangelho (Lucas 8, 22-25).
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