Dentre as situações humanas que encontramos,
ou melhor, dentre as realidades desumanas,
oh Profeta do amor de Deus,
talvez, a mais difícil de aceitar ou de saber lidar,
sem perder a nossa paciência, e a paz interior,
está a de pessoas duras de coração com o outro:
pois, vivem fechadas e sem a empatia solidária,
frias, não sentem misericórdia ou compaixão,
não conseguem acolher, entender ou perdoar…
e, assim, se tornam incapazes de amar o próximo.
Por isso tu ficaste enfurecido naquela sinagoga,
e uma profunda tristeza tomou conta de ti,
pois, a dureza de coração destrói a convivência,
ela estraga e deturpa a vivência da religião,
provoca e faz emergir a cultura da indiferença!
Que a tua fé no projeto salvífico universal do Abba querido,
a tua ternura e presteza solícita com os pobres e sofredores,
e a tua fidelidade ao Reino da justiça e da fratersororidade,
sejam fontes de lucidez e profecia na caminhada de tua Igreja!
Que teus discípulos e discípulas se afastem e tomem cuidado
com os perigos do fermento dos “fariseus e herodianos de hoje”,
e façam a tua Igreja samaritana e “sempre de portas abertas”
no acolher, ajudar, e soerguer as vítimas da dureza dos corações!
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