Somos capazes, mas tão frágeis,
oh Profeta do Reino de Deus,
que os poderosos deste mundo,
com suas armas e lógicas violentas,
querem cortar as asas da liberdade,
destruir a nossa capacidade de amar,
roubar os nossos sonhos e as utopias,
extinguir a chama de nossa esperança,
destruir a busca infinda do bem viver
e nos fazer esquecer de quem somos:
filhos e filhas amados de Deus!
Com a tua práxis profética,
fonte de cura e libertação,
oh Mestre do Caminho,
desde os últimos e esquecidos,
e, com a força da Ruah divina,
abres caminhos novos para o povo
e a todos libertas para o bem viver:
aos pobres e excluídos devolves a vida digna,
aos oprimidos devolves a condição de liberdade,
aos paralíticos devolves a capacidade de atuar,
aos cegos devolves a capacidade de ver a realidade,
aos mudos devolves a capacidade da palavra,
aos surdos devolves a capacidade da escuta.
Que teus discípulos e discípulas de hoje,
oh Ressuscitado Emanuel,
com a fé e a esperança no Deus estradeiro,
com a luz e a força da Ruah divina,
continuem no complexo contexto atual
a tua missão de cura e libertação!
Edward Guimarães
Belo Horizonte, 05 de setembro de 2021.
Poema oração provocado pelo Evangelho (Marcos 7, 31-37).
Foto: Registro do poder libertador do projeto de agricultura familiar.
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