Movido pela experiência de fé no Abba querido,
oh Filho do Homem e Profeta do Reino,
pelo Caminho, tu ensinas aos discípulos e discípulas,
que a vida, entre todos, é o nosso bem maior,
e que a razão de ser da lei, e da própria religião,
está no cuidar e no defender a dignidade da vida.
Para muitas pessoas, digo com profunda tristeza,
parece tão difícil entender como verdade basilar,
que a dignidade da vida é o nosso valor maior!
Oh Profeta da justiça e da fratersororidade,
como é difícil a libertação do ranço dos moralismos,
e o deixar de lado as diabólicas hipocrisias religiosas.
Diante do desafio de cuidar, promover e defender
a dignidade da vida dos pobres, vulneráveis e oprimidos,
como fez o rei Davi no Templo diante da situação de fome,
que teus discípulos e discípulas tenham a liberdade libertada
para que possam, por fidelidade a missão, tudo mais relativizar.
Nesta sociedade onde os mais pobres são invisibilizados,
amontoados em periferias: cortiços, favelas, aglomerados,
que oculta e não combate as ignóbeis causas da pobreza,
que corrompe ou combate as necessárias política públicas,
que defende a manutenção dos privilégios de classe e casta,
oh Profeta do Reino e Mestre dos caminhos de libertação,
que os teus discípulos e discípulas sejam arautos da justiça,
e saiam em defesa da vida dos pobres, marginalizados e oprimidos.
Edward Guimarães
Belo Horizonte, 04 de setembro de 2021.
Poema oração provocado pelo Evangelho (Lucas 6, 1-5).
Foto: Registro do Sínodo para a Amazônia, 2019.
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