Que “os leprosos de hoje” sejam acolhidos no seio de tua Igreja

Como é bom contemplar a tua compaixão,
oh grande Profeta do Reino de Deus,
quando os pobres, doentes e sofredores,
– como a daquele pobre leproso excluído –,
sem medo, se aproximam esperançados de ti!

Como é bom contemplar, no teu dia a dia,
a grande alegria dos vulneráveis e excluídos,
dos invisibilizados, considerados indesejáveis,
que, ao serem acolhidos e tocados por ti,
encontram acesso filial ao Abba querido,
Fonte das grandes experiências decisivas,
com a da Fé, da Esperança e do Amor,
e a, do tão desejado toque, da Graça divina.

Que teus discípulos e discípulas de hoje,
oh Mestre do Caminho da Salvação,
assim dinamizem a ação evangelizadora,
para que os pobres, doentes e sofredores,
que “os leprosos de hoje” sejam acolhidos
no seio de tua Igreja e nela encontrem:
comunidades solidárias de portas abertas,
a alegria da acolhida e do cuidado generoso,
a experiência do amor fraternosororal,
mediações concretas do toque da Graça divina,
de acesso à Trindade Santa, Pai, Filho e Espírito Santo,
e, assim, renovem seus horizontes de esperança,
a força da fé para travarem as lutas libertárias,
e recuperem, pela experiência do amor partilhado,
a dignidade perdida de filhos e filhas de Deus.

Edward Guimarães
Belo Horizonte, 13 de janeiro de 2022.
Poema oração provocado pelo Evangelho (Marcus 1, 40-45).

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