Tu suscitas a fé adulta,
e, com pedagogia exigente,
refletes sobre a relação
entre mestre e discípulo:
não é de superioridade,
na qual um sobrepõe ao outro;
o ideal do mestre não é dominar,
é impulsionar a autonomia do discípulo;
o ideal do discípulo não é superar,
é conseguir ser como o seu mestre.
Tu alertas, com parábolas,
que interpelam a liberdade,
importa discernir critérios
para a escolha de um mestre,
pois, há consequências graves
quando um cego guia outro cego:
ambos caem no mesmo buraco.
Tu combates, bem de frente,
a abjeta hipocrisia moral,
de quem não faz autocrítica,
e é mordaz tanto nas exigências
quanto no julgamento do outro.
Ajude-me, Mestre do Caminho,
quero conquistar a fé adulta
e a liberdade liberta de egoísmo:
pois, como teu discípulo
eu quero amar e servir!
Edward Guimarães
Belo Horizonte, 10 de setembro de 2021.
Poema oração provocado pelo Evangelho (Lucas 6, 39-42).
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